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sábado, 21 de agosto de 2010

Bem aventurados sejam aqueles que amam essa desordem.


Não me cabe poesia, pouco sei como me expressar, na verdade sei menos ainda o que tenho sentido nos últimos tempos. É uma explosão no meu peito, misto de emoções... alegria, medo, saudade, tristeza. Medo do futuro, porque nunca se sabe onde a vida vai dar, e infelizmente, eu com meus pobres vinte anos não sei como lidar com isso. Eu tenho engolido esse frio na barriga, e esse medo usando o estímulo de que ninguém vive armado de tanto medo, e eu tô aqui pra viver, não tenho nem escolha. Não sei mais como me doar, não sei mais provar das coisas de forma menos maliciosa e despretensiosa, enfim, não sei mais mesmo é ser inocente, apesar do meu rosto tão jovem e com semblante de menina. Ainda devo ser uma menina, cheia de medo no meu peito. Ai de mim se eu não detestasse o fato de ser tão nova e medrosa, ai de mim se eu não tivesse interesse em me tornar mais mulher o quanto antes na minha vida. Um jeito precoce de se transformar já me ajuda muito, mas também me faz passar por maus momentos que poucas pessoas já passaram. Tenho pouca pretensão com a vida, espero pouco dela, apesar de ir dormir todos os dias ansiosa pelo dia de amanhã porque eu sei que a vida é de fato, um grande baú de momentos inusitados [é eufemismo chamar de caixinha de surpresas]. Seria tão bom viver da forma que a gente almeja, fazer tudo que sente vontade, amar até morrer de amor, beber até cair sem se sentir mal depois, fazer um curso legal e estudá-lo por pura realização pessoal, mesmo sendo um curso pouco reconhecido, seria legal fazer isso sem pensar do que é que eu vou viver, porque ninguém vive só de prazer, seria tão bom ter filhos e não ter tantos problemas e responsabilidades. Seria perfeito viver bons momentos e desconhecer o tempo inteiro dos maus, o tempo inteiro mesmo, sem precisar em nenhum momento da vida ter que passar por eles. Mas ninguém discute a lógica da vida, porque muitas coisas não possuem explicação, e ninguém chegou vivo até o final kkkkk... Final? Quem garante que a vida acaba? A gente nunca tem certeza de nada, e a dúvida sobre tudo é a fonte maior dos meus medos. Eu to dentro de um espetáculo de horror show. Besteira minha pensar que tem pra onde correr, é aquela velha história, se correr o bicho pega, se ficar o bicho come, resta esperar para ver onde vai dar e não voltar pra contar a ninguém... vidinha insana.
Que bom que a vida nos dá ferramentas, meios, auxílio para aguentar essa loucura toda. As pessoas, por mais complicadas e maldosas que possam ser, são de fato a nossa maior fonte de prazeres... e me mandaram uma a um tempinho que tem me ajudado muito, ganhei prazer, ganhei companhia, e ganhei mais um amigo. Em contrapartida, não se pode depositar todas as causas da sua felicidade numa pessoa só, porque isso pode acabar deixando-a com medo, e na boa, ninguém tem obrigação de permanecer na vida de outra pessoa eternamente, dessa forma, pra mim é extremamente importante levar e entender o amor como um abraço curto para não sufocar, ninguém, além de vc mesmo, é responsável pelos outros, você cuida e é responsável por si próprio. Tô feliz por isso, ter mais alguém nos meus dias, me fazendo sorrir mais, me fazendo mais feliz e até mais humana, mas sei que a vida é assim mesmo, que a qualquer momento a gente pode não ter mais aquele auxílio, aquela companhia, então é preciso cultivar dentro de nós mesmos uma preparação de que tudo pode acontecer e que pra se manter vivo é necessário serenidade, sabedoria, paciência, maturidade porque pra viver é preciso correr riscos. No fim das contas, quem não conhece o amargo não sabe como o lado doce da vida é bom.

Boa noite.

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